Quer Pipoca?: 2012

19 de novembro de 2012

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2 (2012)

(The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2) Estados Unidos, 2012
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Após dar a luz a Renesmee (Mackenzie Foy), Bella Swan (Kristen Stewart) desperta já vampira. Ela agora precisa aprender a lidar com seus novos poderes, assim como absorver a ideia de que Jake (Taylor Lautner), seu melhor amigo, teve um imprinting com a filha. Devido ao elo existente entre eles, Jake passa a acompanhar com bastante atenção o rápido desenvolvimento de Renesmee, o que faz com que se aproxime cada vez mais dos Cullen. Paralelamente, Aro (Michael Sheen) é informado por Irina (Maggie Grace) da existência de Renesmee e de seus raros poderes. Acreditando que ela seja uma ameaça em potencial para o futuro dos Volturi, ele passa a elaborar um plano para atacar os Cullen e eliminar a garota de uma vez por todas.
Fonte: Adoro Cinema




CRÍTICA
Bella como gostaríamos de já ter visto

Qualquer adaptação que parta da literatura e acaba nas telonas corre o risco de se tornar mais crua e menos interessante. Não é o que acontece com a "Saga Crepúsculo". Nesse caso, a adaptação cinematográfica deu muito mais ritmo e maturidade à história para meninas adolescentes que se arrasta incansavelmente por quatro livros e que poderia facilmente ser condensada em um ou dois, no máximo. O argumento é interessante: uma humana se apaixona por um vampiro e é melhor amiga de um lobisomem, e os dois são inimigos naturais. Temos o elemento sobrenatural, o romance, o drama, o suspense. Mas lendo, tudo se liga de uma forma um tanto frágil e menos crível que na telona. O ar de fantástico, a trilha sonora fugindo do melodrama (com bandas como Muse) e cenas de ação dão aos filmes mais elementos atrativos. E dentro desse espectro, "Amanhecer - Parte 2" é o melhor da saga. Tanto o banner promocional quanto o trailer repetem fórmulas visuais e frases do encerramento da série Harry Potter ("todo o momento levou a isso, o final épico"), que também caiu no óbvio, mas é um filme que tem seus próprios méritos.

Alguns furos obviamente aconteceram, como a fácil aceitação de Charlie (pai de Bella) em não saber o que aconteceu com a filha ou de onde surgiu Irina e aquele bando de parentes dos Cullen. Mas é encantador ver diversas novas personagens dando uma nova cara para a história que já conhecemos. Por mais que a maioria seja quase que figurantes sem fala (como as índias da Amazônia), é interessante que um filme que já tem sua essência difundida na cultura popular se utilize dela como base sem precisar ficar se explicando o tempo todo. Esse imaginário popular serve agora de trampolim para histórias um pouco mais complexas. E essa é o principal trunfo do filme.

Não há mais muita coisa nova pra se introduzir sobre o clã dos Cullen, portanto o foco recai sobre o nascimento de Renesmee, filha de Bella e Edward (que é bizarramente digitalizada até atingir seus 7 anos) e o desenrolar que isso traz para o restante das personagens. O filme começa de forma muito corrida, com Bella, agora vampira, se adaptando a isso. Pouco de emoção resta de toda a preparação dela para esse momento, tão importante em todos os capítulos anteriores da saga. Mas nada disso importa quando começa o suspense do ataque dos Volturi. A partir daí, o filme se desenvolve com maestria. Os efeitos são bem acabados, o roteiro com o timing perfeito inclusive para o humor e até Kristen Stewart supreende com a atuação. Bella deixou de ser uma menina branquela sem sal para se tornar uma atraente vampira com muita atitude. Esse filme é dela.

Pra quem gosta de ação, não tem como não ser legal ver lobisomens e vampiros se degladiando e arrancando cabeças de modo sanguinário (como não poderia deixar de ser). Definitivamente, é um filme mais adulto e, apesar de ter um aumento significativo no elenco, é um filme de personagem. Bella ganhou destaque graças aos seus companheiros de cena.

Sem spoilers, para os patriotas, é gratificante ver que o fato de Renesmee ter sido concebida na lua-de-mel de Edward e Bella no Brasil, dá ao país um "papel" importante no fechamento da batalha.

"Amanhecer" (as duas partes) é um filme para fãs. Ainda assim consegue uma ótima opção para os não-fãs.

18 de novembro de 2012

O Estranho Mundo de Jack (1993)

(The Nightmare Before Christmas) Estados Unidos, 1993
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Jack Skellington (Chris Sarandon) é um ser fantástico que vive na Cidade do Halloween, um local cercado por criaturas fantásticas. Lá todos passam o ano organizando o Halloween do ano seguinte mas, após mais um Halloween, Jack se mostra cansado de fazer aquilo todos os anos. Assim ele deixa os limites da Cidade do Halloween e vagueia pela floresta. Por acaso acha alguns portais, sendo que cada um leva até um tipo festividade. Jack acaba atravessando o portal do Natal, onde vê demonstrações do espírito natalino. Ao retornar para a Cidade do Halloween, sem ter compreendido o que viu, ele começa a convencer os cidadãos a sequestrarem o Papai Noel (Edward Ivory) e fazerem seu próprio Natal. Apesar de argumentos fortes de sua leal namorada Sally (Catherine O'Hara) contra o projeto, o Papai Noel é capturado. Mas os fatos mostrarão que Sally estava totalmente certa.
Fonte: Adoro Cinema


17 de novembro de 2012

Lanterna Verde (2011)

(Green Lantern) Estados Unidos, 2011
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Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade. É assim que mantém a amizade com Carol Ferris (Blake Lively), colega de infância e também piloto, que está prestes a assumir o comando da empresa do pai. Hal e Carol tiveram um caso no passado, que não seguiu em frente por causa dele. Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde, tendo condições de moldar a luz verde da forma como sua imaginação permitir. É apenas o início da jornada do herói, que viaja até o planeta Oa para aprender a usar suas novas habilidades e tem como grande teste o temido Parallax.
Fonte: Adoro Cinema



15 de outubro de 2012

2 Coelhos (2012)

(2 Coelhos) Brasil, 2012
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Após se envolver em um grave acidente automobilístico, no qual uma mulher e seu filho são mortos, Edgar (Fernando Alves Pinto) é indiciado, mas consegue escapar da prisão graças à influência de um deputado estadual. Logo em seguida ele parte para uma temporada em Miami, onde retorna com um elaborado plano em que pretende atingir tanto o deputado Jader (Roberto Marchese) que o ajudou, símbolo da corrupção política, quanto Maicon (Marat Descartes), um criminoso que consegue escapar da justiça graças ao suborno de políticos influentes, além de junto a eles, roubar o cofre público. Instigado, Edgar resolve colocar seu plano em prática e se aventura no mundo da ação em busca de recuperar a grana do cofre e colocar os criminosos atrás das grades. Enquanto isso, ele se envolve com Júlia, uma promotora pública, que decide ajudá-lo nesta perseguição ao cofre público.
Fonte: Wikipedia




Um dos melhores filmes brasileiros já feitos. Recomendação com destaque para a edição e fotografia. De encher os olhos.

7 de agosto de 2012

J. Edgar (2011)

(J. Edgar) Estados Unidos, 2011
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O longa explora a figura de um dos homens mais enigmáticos do século XX: John Edgar Hoover (Leonardo DiCaprio). Um dos principais responsáveis pela criação do FBI e seu homem forte por 48 anos, ele foi temido e admirado por várias décadas, mas em sua vida pessoal mantinha segredos grandes o bastante para acabar com sua reputação e sua carreira
Fonte: Adoro Cinema



24 de julho de 2012

AcQuária (2003)

(AcQuária) Brasil, 2003
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No futuro, quando as reservas naturais se esgotarem, o bem mais precioso será a água. O cenário de AcQuária é a Terra daqui a centenas de anos, depois de passar pela devastação ambiental provocada pelo homem. O planeta se tornou um grande deserto, e sobreviver tornou-se um desafio. Kim (Junior) é um jovem sonhador que sonha em fazer sucesso com suas músicas, assim como seu pai. Ele mora com Gaspar (Emílio Orciollo Netto), um homem cuja maior preocupação é garantir que a falta d'água não os leve à morte, e o pequeno Guili (Igor Rudolf), um garoto que foi abandonado pelos pais quando bebê e desde então vive com a dupla. Seu fiel escudeiro é Mingus, um cãozinho que o acompanha por toda a parte. Tudo estava em harmonia até a chegada de Sarah (Sandy), uma misteriosa mulher que viu seus pais serem assassinados por um bando de saqueadores quando ainda era uma criança. Encontrada por Kim à beira da morte no deserto, ela passa a morar com eles e um clima tenso surge entre a jovem e Gaspar. A partir daí, a trama gira em torno da convivência entre Sarah, Kim, Gaspar e Guili e a luta pela sobrevivência em condições tão hostis.
Fonte: Sobrecarga



CRÍTICA
Fotografia e figurino dão gás à ficção científica nacional

Um mundo apocalíptico onde tudo é areia e a água é escassa por causa das ações do homem. Um filme nacional com essa sinopse soa um tanto pretensioso e forçado, levando em conta que uma dupla de cantores são os protagonistas. Mas bastam os primeiros minutos para entender que o dinheiro de um dos maiores investimentos em cinema no Brasil foi bem gasto. Os efeitos visuais são bem feitos (com exceção de um ou outro, como o lagarto de duas cabeças que não deixa rastros na areia) e não saltam aos olhos, destoando do restante.

Tecnicamente, o filme é muito bom. Fotografia e figurino são elementos que merecem menção, nos levando para longe dos palcos e clipes onde Sandy e Junior estavam costumados a atuar. Aliás, a atuação de Sandy é uma boa surpresa, mesmo com alguns deslizes. Infelizmente, o mesmo não pode-se dizer de seu irmão na tela. Kim, personagem de D.L. Junior (como assina nos créditos) soa forçado na maior parte do tempo. Sarah, interpretada por Sandy (agora Leah) e Guili, que ganha vida pelo pequeno Igor Rudolf, seguram a maior parte do longa. Enquanto ela tem maior expressão nas cenas dramáticas, ele é responsável pela comédia, auxiliado por um cachorrinho bem treinado e por sua interação, principalmente, com Gaspar (Emílio Orciollo Neto). Num geral, as atuações são bastante razoáveis e os deslizes não chegam a interferir no andamento.

Num trabalho desse tipo, é preocupante a ideia de que uma boa história possa ser estragada por cenas onde toda a ação pára para que os protagonistas cantem uma música, mas a boa nova é que a música existe sim, mas ela é inserida de modo orgânico à narrativa, o que é um ponto positivo do roteiro. Mas é o roteiro que acaba sendo o empecilho para o desenvolvimento. A introdução se estende por muito tempo, o miolo roda em círculos para que o clímax tenha um desfecho muito corrido. Ainda assim, é corajoso ao criar um mundo totalmente novo, com conceitos, objetos, criaturas e nomes totalmente inventados para que ele seja composto. Além disso, inclui sacadas escondidas para olhos não tão atentos, como uma partitura velha de uma música dos Bales, que com o "e" e o "t" que o tempo rasgou do papel, nos remete a "Blackbird" dos Beatles.

A trilha sonora, além das pequenas e rápidas incursões no repertório de Sandy e Junior e de contar com uma música da banda Shaman para a abertura, é bem coerente durante todo o filme, apesar de que muitos momentos foram deixados mais leves, provavelmente por se tratar de um filme popular para a família, e que ficariam muito mais interessantes com uma trilha mais seca e pesada. Todos esses elementos nos ajudam a crer que a Sarah é uma mulher misteriosa, guerreira e sensual. Só lembramos que ela é a Sandy na cena em que toma banho nua. É uma cena muito bonita, sutil, sem nudez explícita e nem um pouco vulgar, mas ainda assim, é uma cena de banho com a Sandy ali, nua e se insinuando. AcQuária é cheio de momentos desse tipo, sutis e delicados, bem dirigidos por Flávia Moraes, em seu primeiro longa.

Por não parecer brasileiro, o filme é inevitavelmente comparado com os primos de ficção científica norte-americanos, e nessa comparação, a aventura verde e amarela perde, até mesmo em orçamento, alto para o padrão nacional. Mas se levarmos em conta que era um filme que tinha tudo pra dar errrado (cantores protagonistas, Globo Filmes trazendo o risco de uma novela na telona, diretora estreante, efeitos visuais complexos para serem feitos sem precedentes no país), AcQuária se saiu muito bem. Não é um filme para crianças e nem somente para fãs. Bom entretenimento para a família e, porque não, um passo importante para o cinema nacional, já que não temos muitos representantes para o gênero por aqui.


23 de julho de 2012

A Era do Gelo 4 (2012)

(Ice Age 4) Estados Unidos, 2012
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Sempre em busca de sua cobiçada noz, o esquilo Scrat provoca, sem querer, a separação dos continentes. A situação provoca mudanças no terreno de vários locais, entre eles onde os amigos Manny (Ray Romano/Diego Vilela), Diego (Denis Leary/Márcio Garcia) e Siid (John Leguizamo/Tadeu Mello) estão alojados. Um terremoto faz com que o trio fique preso em um iceberg, enquanto que Ellie (Queen Latifah/Carla Pompílio) e a pequena Amora (Keke Palmer/Bruna Laynes) permanecem no continente. Em alto mar, Manny promete que irá encontrá-las a qualquer custo, mas para tanto precisará enfrentar perigosos piratas e o canto das sereias.
Fonte: AdoroCinema



22 de julho de 2012

O Espetacular Homem-Aranha (2012)

(The Amazing Spider-Man) Estados Unidos, 2012
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Peter Parker (Andrew Garfield) é um rapaz tímido e estudioso, que inicou há pouco tempo um namoro com a bela Gwen Stacy (Emma Stone), sua colega de colégio. Ele vive com os tios, May (Sally Field) e Ben (Martin Sheen), desde que foi deixado pelos pais, Richard (Campbell Scott) e Mary (Embeth Davidtz). Certo dia, o jovem encontra uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai. O artefato faz com que visite o laboratório do dr. Curt Connors (Rhys Ifans) na Oscorp. Parker está em busca de respostas sobre o que aconteceu com os pais, só que acaba entrando em rota de colisão com o perigoso alter-ego de Connors, o vilão Lagarto.
Fonte: Adoro Cinema



CRÍTICA
Um Aranha rejuvenescido e com mais personalidade

Peter Parker sempre foi um garoto nerd atrapalhado, mas nunca bocó ou covarde. E essa é a grande lição de Andrew Garfield, o Homem-Aranha da nova franquia sobre Tobey Maguire, seu antecessor. Muito mais à vontade e convincente no papel do aracnídeo, Andrew parece se divertir ao dar vida ao jovem Peter e esse bom-humor, mesmo com o sofrimento que o levou a assumir a identidade mascarada, é a marca registrada do heroi da Marvel. A escolha do garoto magricela e desengonçado traz a série pra um plano mais real e crível. E isso deu um fôlego muito bem-vindo.

Esse realismo se estende para outras personagens, como Gwen Stacy, interpretada por Emma Stone (preferível à mocinha indefesa Mary Jane) ou o Tio Ben, que ganha vida através de Martin Sheen. Ainda no elenco, uma boa surpresa foi Sally Field, no papel de Tia May, que conseguiu driblar tanto sua belíssima antecessora Rosemary Harris quanto seu rosto marcado em "Uma babá quase perfeita". Já a baixa fica por conta de Rhys Ifans, que fica melhor na pele de Xenofílio Lovegood ("Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1") do que na pele do Lagarto, Dr. Curt Connors, arqui-inimigo do Aranha.

Com o roteiro marcado por boas sacadas, o filme só peca por exageros pontuais que faz o espectador usar a velha afirmação "é só um filme mesmo..." para desculpar os furos que trazem, por exemplo, diversos guindastes de construções perfeitamente alinhados por uma rua que nosso heroi precisa percorrer com suas teias e servindo de apoio para ele. Mas mesmo assim, ele tenta se justificar, com cenas de outras partes do longa.

Os efeitos visuais, visivelmente pensados para 3D, também não desapontam e dão o clima de blockbuster hollywoodiano que a estreia de Marc Webb na direção de filmes desse porte pedia. O novo figurino do Aranha também é mais moderno e atualizam a série de sucesso que dominou os cinemas entre 2002 e 2007. Ainda assim, é um filme de personagens e isso trouxe mais riqueza às atuações.

O mais legal desse novo Homem-Aranha é pensar que é totalmente plausível que ele integre a equipe de herois num segundo volume de "Os Vingadores", já que nos quadrinhos ele, assim como Wolverine, passam a fazer parte desse time. Obviamente, aí entra o empecilho de mercado da Sony ser detentora dos direitos do "cabeça de teia" nas telonas. Mas os fãs devem concordar que seria o nirvana ver Peter Parker e Logan junto com Hulk, Homem de Ferro, Capitão América e Thor batalhando pelo bem da humanidade. Enquanto isso, a nova franquia com Andrew Garfield (que também manifestou interesse em participar d'Os Vingadores), começa a ver seu retorno financeiro e já tem confirmada uma sequência. Aos fãs, resta pular de prédio em prédio e ver em qual teia irão parar.


13 de julho de 2012

Três Vezes Amor (2008)

(Definitely, Maybe) Estados Unidos / França, 2008
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O Assesor político Will Hayes (Ryan Reynolds) vive em Mahattan com sua curiosa filha Maya que, mesmo com o seus inexperientes 10 anos de vida, resolve questioná-lo a respeito da sua vida amorosa. O momento para jogar o pai contra a parede não poderia ser mais propício: ele está se divorciando e quer reavaliar a vida. E Maya insiste em saber detalhadamente como os pais se conheceram e se apaixonaram. Will não se sente nem um pouco intimidado e começa a descrever três de seus relacionametos passados, dando detalhes de cada umas das mulheres. Mas, propositalmente, ele troca os nomes dessafiando a filha a descobrir com qual ele se casou. À medida que Maya começa a juntar as peças desse verdadeiro quebra-cabeça, ela ajuda o pai a entender que existe a possibilidade de um final feliz. Mesmo assim aprende que o amor não é tão simples quanto parece.
Fonte: Interfilmes



9 de julho de 2012

Para Roma Com Amor (2012)

(To Rome With Love) Estados Unidos / Itália / Espanha, 2012
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O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.
Fonte: Adoro Cinema



CRÍTICA
Novela brasileira bem-feita por norte-americanos na Itália

O novo filme de Woody Allen chegou com uma missão dupla: surpreender por si só e superar "Meia-Noite em Paris", que não passou de "divertidinho. E não é que a cidade italiana tem muito mais charme do que a capital francesa? "Para Roma Com Amor", além de mostrar belas imagens da cidade fora do eixo turístico, traz quatro complexos e belíssimos enredos diferentes, que marcam bem a mistura de sensações, linguagem e elementos italianos e norte-americanos e tudo que os compõe.

O clima histórico da Itália expresso em pequenas vielas, arquitetura característica impõe o clima romântico que permeia os olhares das personagens sobre a cidade. Mas como outros filmes que também vêm da terra do tio Sam, despontam diversos "americanismos"aqui e ali, e esse choque traz divertidos momentos como a viagem de avião da personagem representada pelo próprio Woody Allen. Ele, aliás, é um tempero essencial para que essa massa seja "buona da mangiare". Em alguns momentos, Allen parece ter se inspirado em Roberto Gomes Bolaños e o humor ingênuo de seu Chaves, utilizando pitadas de humor pastelão no meio de outras sacadas mais adultas.

São tantas histórias entrelaçadas que fica difícil de definir exatamente a mensagem que o filme quer trazer, um pouco mais como as novelas brasileiras do que como filmes hollywoodianos. E quando ele termina, o sentimento também é de último capítulo de novela; mesmo imaginando o que pode acontecer com cada personagem, o público anseia por ver os desfechos individuais e ainda se surpreende com alguns deles. Mas no final desse longa, o título faz mais sentido por ter menos pretensão que os dos folhetins nacionais. "Para Roma Com Amor"não passa de uma declaração de amor à Roma e suas histórias, e nem por isso deixa de ser bom.

A novela: uma turista norte-americana esbarra em um italiano em um dia comum, eles se apaixonam e resolvem ficar juntos, mas são a desculpa para unir os pais (um produtor musical frustrado, uma psiquiatra, uma dona de casa e um agente funerário que é um ótimo cantor de ópera de chuveiro). Um famoso arquiteto encontra, em suas férias pela Itália, um jovem estudante de arquitetura e admirador de seu trabalho que mora na mesma casa que ele mesmo morou anos antes. O jovem e sua namorada recebem uma sedutora amiga dela em sua casa. O arquiteto serve de guru amoroso e camarada mais velho para que o jovem não se envolva com essa tentação em forma de mulher. Um casal vem de uma cidadezinha da Itália para um encontro em Roma, que pode garantir um emprego ao rapaz e a estadia de ambos na cidade. Ao sair para procurar um cabeleireiro, a moça se perde e acaba se envolvendo com estrelas de cinema. Já o rapaz, que era esperado por seus tios para o encontro, é encontrado de cueca no quarto com uma prostituta que o confundiu com um cliente e isso os obrigam a fingir serem um casal. Um cidadão italiano comum é confundido com um astro de cinema e vê sua vida e de sua família virar de cabeça pra baixo, sendo obrigado a despistar paparazzi e dar entrevistas sem sentido ou conteúdo a todo momento.

Sob toda esfera divertida, também são questionados (mas ainda de maneira leve) alguns valores da sociedade atual, como a criação de celebridades, a traição, o envolvimento e desprendimento, o fracasso, o talento escondido, o amor por acaso... Um mix cultural que talvez só Roma possa proporcionar. Uma Roma para ser apreciada a dois.

28 de maio de 2012

Água para Elefantes (2011)

(Water for Elephants) Estados Unidos, 2011
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Jacob Jankowski (Hal Holbrook) já passou dos 90 anos e não consegue esquecer seus momentos da juventude nos anos 30, período difícil da economia americana, que o levou a trabalhar num circo. Foi lá, enquanto era jovem (Robert Pattinson) e um ex estudante de Veterinária, que ele conheceu a brutalidade dos homens com seus pares e também com os animais, mas encontrou a mulher por quem se apaixonou. Marlena (Reese Whiterspoon) era a Encantora dos Cavalos, a principal atração e esposa do dono do circo: August (Christoph Waltz) um homem carismático, mas extremamente perigoso quando suas duas paixões estavam em jogo.
Fonte: Adoro Cinema


15 de maio de 2012

Os Vingadores - The Avengers (2012)

(The Avengers) Estados Unidos, 2012
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Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo mágico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.
Fonte: AdoroCinema



CRÍTICA
Blockbuster de qualidade, com muita explosão e humor

Bum! Nenhuma outra onomatopeia definiria melhor o último blockbuster lançado dentro do chamado Universo Marvel. Já nos primeiros minutos, explosões, desmoronamentos e perseguição dão o tom que permeia as horas seguintes. Mas não é só de "kabum" que vive a investida cinematográfica da companhia de quadrinhos. Apesar da esfera grandiosa e high-tech, o humor sutil e sarcástico é herdado de "Homem de Ferro", e rende os melhores momentos em tela. Sem spoiler, um dos momentos mais memoráveis envolve Hulk, Loki e um "deus franzino". Lembre-se disso na hora de assistir para concordar comigo depois. Obviamente tudo faz mais sentido se você assistiu os anteriormente lançados "Hulk", "Capitão América - O Primeiro Vingador" e "Thor". Mas se você tem esse débito com Hollywood como eu e acabou se interessando só por Tony Stark e suas armaduras, ainda assim, dá pra acompanhar o desenrolar dos fatos.

Uma das coisas mais interessantes é que Os Vingadores não são a equipe de superherois mais integrada e unida que o mundo dos quadrinhos (e principalmente do cinema) já viu. Esse, aliás, é um dos trunfos do filme. A briga não é só contra os inimigos alienígenas que invadem (pasmem!) Nova Iorque por um portal intergaláctico para destruí-la. Ok, ok, a sinopse realmente é um pouco batida, mas com certeza rende uma boa  diversão... e uma certeza: Nova Iorque é o pior lugar do mundo pra se morar, especialmente a ilha de Manhattan. Tudo acontece por lá, todas as destruições. As torres gêmeas do World Trade Center não são o ícone de destruição pra essa pobre ilha. O Empire State Building, por exemplo, além de pára-raios gigante para o Thor em "Os Vingadores", já serviu no cinema, como portal para o Olimpo em "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" ou palco de guerra para "King Kong", além de figurar em "Sintonia de Amor", "Independece Day" e outros. Aliás, já pensou no quanto custaria essa destruição toda? Ou seja, quer morrer com uma tragédia bem hollywoodiana, more em Manhattan e trabalhe no Empire State. Pronto!

Voltando ao filme em foco, alguns rostos já conhecidos retornam, como Gwyneth Paltrow dando vida a Pepper Potts em uma rápida (e divertida) aparição e Clark Gregg encarnando o agente Phil Coulson. Quando assistimos sequências e filmes interligados, é sempre confortador ver que os atores e atrizes foram mantidos. A ambientação fica muito mais propícia para aceitar ataques alienígenas e um homem virando um monstro verde, mas foi justamente o p´roprio Hulk que ganhou uma cara nova com Mark Ruffalo.

O roteiro em si acabou sendo o ponto mais falho da superprodução. Apesar de a trama fazer sentido e deixar uma brecha para sua continuação, o ritmo só parece acelerado pela ação ininterrupta. O espaço para o desenvolvimento da divertida relação entre os herois/aberrações é menor do que poderia ser. A relação, mesmo superficial, poderia ter sido um pouco mais aprofundada. Quando estamos começando a apreciá-la, ela já passou. Ver as encrencas entre Hulk e Thor, ou Homem de Ferro e Capitão América, por exemplo, com maior profundidade seria ainda mais hilário. E o ritmo acelerado acaba deixando uma ponta solta aqui, outra lá, como a escapada de Loki. Essa aliás é a personagem com mais pontas soltas no filme, não se entende bem porque o tão poderoso se rendeu tão facilmente ao Homem de Ferro na praça alemã se acabou de lutar tão ferozmente com o Capitão América segundos antes. Entende-se, mas não convence. Ainda assim, não é algo que prejudique o trabalho muito bem feito. Mesmo porque o roteiro tem ótimas sacadas, como a "segure-se, Legolas", que nem todo mundo na sala de cinema pareceu entender e os "interrogatórios" da Viúva Negra.

As explosões também transbordam para a fotografia do filme. Não tinha como ser diferente, tendo na paleta de cores o verde do Hulk, o azul do Capitão América, o vermelho do Homem de Ferro e por aí vai. Os movimentos de câmera, no ataque à cidade têm, em alguns momentos, o tom emocional dramático de videoreportagem, com desfoque e tremedeira (que carrega um "quê" de clichê).

No resumo da ópera, me restam dois pensamentos: "não quero morar em Nova Iorque" e "quando sai a continuação?".

24 de abril de 2012

Titanic (1997)

(Titanic) Estados Unidos, 1997 / 2012 (3D)
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Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) é um jovem aventureiro que, na mesa de jogo, ganha uma passagem para a primeira viagem do transatlântico Titanic. Trata-se de um luxuoso e imponente navio, anunciado na época como inafundável, que parte para os Estados Unidos. Nele está também Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), a jovem noiva de Caledon Hockley (Billy Zane). Rose está descontente com sua vida, já que sente-se sufocada pelos costumes da elite e não ama Caledon. Entretanto, ela precisa se casar com ele para manter o bom nome da família, que está falida. Um dia, desesperada, Rose ameaça se atirar do Titanic, mas Jack consegue demovê-la da ideia. Pelo ato ele é convidado a jantar na primeira classe, onde começa a se tornar mais próximo de Rose. Logo eles se apaixonam, despertando a fúria de Caledon. A situação fica ainda mais complicada quando o Titanic se choca com um iceberg, provocando algo que ninguém imaginava ser possível: o naufrágio do navio.
Fonte: Adoro Cinema



CRÍTICA
A história de amor que continua navegando

Uma das mais lindas histórias de amor. Incluindo tudo que uma bela história de amor no cinema deve ter: amor proibido, diferença de mundos, tragédia, muita dor... mas dessa vez sem um final feliz porque, claro, o pano de fundo dessa história é o Titanic afundando, né? Mas tirando esse pequeno titânico detalhe, é uma história de amor clássica, com alguns clichês, claro, mas nada que tire o brilho nos olhos ao assistir novamente ao filme, e dessa vez em 3D. Esse talvez tenha sido um dos primeiros filmes que vi no cinema. E revê-lo, 15 anos depois, num momento totalmente diferente da vida, foi uma nova experiência. Entender o que de fato as pequenas nuâncias e sutilezas sugeriam, num filme forte e doce ao mesmo tempo, como a colocação do primeiro beijo do casal na proa do navio, ou o retorno para o local onde eles se conheceram no final do filme. É pra sair da sala de cinema ainda mais apaixonado pelo filme que tem 11 Oscars e a segunda maior bilheteria de todos os tempos no cinema, pouco mais de 2 bilhões de dólares, só perdendo para "Avatar" (quase U$ 2,8 bilhões), do mesmo diretor, James Cameron. Seu concorrente mais próximo, "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" de David Yates, não passa de U$ 1,4 bilhões.

O desenrolar do envolvimento entre Jack (Leonardo Di Caprio) e Rose (Kate Winslet) toma a maior parte da história, deixando os fatos históricos com apenas uma pequena porcentagem do tempo em tela. Mas é o suficiente. O desfecho, todos já sabemos antes de assistir, então porque não adicionar uma densa carga emocional para intensificar ainda mais a grandeza dessa tragédia... E intercalar tudo isso com a narração de uma doce senhora é no mínimo tocante.

Também é interessante voltar à viagem inaugural de Titanic tendo visto tantas outras atuações de Di Caprio e Winslet. Ele, em minha opinião, se sai muito melhor na versatilidade em tela, mas ela não fica muito atrás. Em 97, quando assisti ao Titanic afundar pela primeira vez, achei Leonardo Di Caprio muito fraco. Aquela babação de ovo em cima dele como ídolo adolescente e símbolo sexual ofuscava seu talento, que só consegui enxergar quando ele foi aos poucos se desvencilhando de Jack, até conseguir que eu babasse ovo pra ele em "A Origem", por exemplo. Trazer o Jack de volta à vida é revê-lo, reconhecê-lo como apaixonante. E aí sim apreciar a atuação de um ator que, mesmo precisando de algumas lapidações, já era intenso, leve e conseguia transmitir as emoções da personagem para o público. Meu chapéu para Di Caprio.

A experiência de rever um clássico quase bastava por si só. O atualmente tão aclamado 3D não tem tanta razão de ser assim. É mais interessante, temos mais perspectiva, mas basicamente adiciona um pouquinho de volume à imagem na maioria das cenas (mas confesso que em algumas foi absolutamente formidável). Devo dizer que ele é sutilmente e belissimamente aproveitado. O "boom" no preço dos ingressos para filmes 3D no Brasil é que ainda deixa a balança um pouco desequilibrada (ainda mais quando a sessão começa com 5 minutos iniciais de "Fúria de Titãs 2" antes do Cinemark notar o erro). Ainda assim, é uma ótima recomendação. Mas se você for assistir sozinho, lembre-se de levar chocolate. E talvez um lenço.

10 de abril de 2012

Cisne Negro (2011)

(Black Swan) Estados Unidos, 2011
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'Cisne Negro' é um thriller psicológico ambientado no mundo do balé da Cidade de Nova York. Natalie Portman interpreta uma bailarina de destaque que se encontra presa a uma teia de intrigas e competição com uma nova rival interpreta por Mila Kunis. Dirigido por Darren Aronofsky (O Lutador, Fonte da Vida), Cisne Negro faz uma viagem emocionante e às vezes aterrorizante à psique de uma jovem bailarina, cujo papel principal como a Rainha dos Cisnes acaba sendo uma peça fundamental para que ela se torne uma dançarina assustadoramente perfeita.
Fonte: Cine POP



3 de abril de 2012

Jogos Vorazes (2012)

(The Hunger Games) Estados Unidos, 2012
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Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando, com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.
Fonte: Adoro Cinema




CRÍTICA
Vale a pena assistir de novo

Na história do cinema de ação, algumas cenas se repetem. Mudam-se personagens, contexto, figurino, cenário, e muitas vezes, até a trilha sonora, mas a essência está ali. Sem revelar pontos importantes do enredo, é o que acontece por exemplo em uma das mortes mais tocantes em "Jogos Vorazes". A cena funciona bem. Muito bem. E emociona os fãs que trazem a carga emocional do livro. Ainda assim, não deixa de ser um remake de um remake de um remake de alguma cena emocionante de algum outro filme de ação já visto. Talvez esse seja o principal motivo para continuarmos quase apáticos à violência que é foco da narrativa. As mortes, parte essencial do desenvolvimento da história, não envolvem emocionalmente o espectador. É por conta disso que o filme consegue com maestria envolver o público em uma outra história, um pouco menor: a da protagonista Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence). Essa história individual também deriva do clichê do "mártir/herói por acaso" usado por tantas outras histórias (atuais inclusive), como "Harry Potter", "Homem-Aranha" ou "As Crônicas de Nárnia". Já o destino a que Katniss é entregue, bebe de outras fontes; um gênero mais denso, que tem como seu principal expoente "Jogos Mortais" (cujos produtores também foram responsáveis por "Jogos Vorazes").

Referências à parte, o filme tem seus méritos. Ser uma adaptação de um livro de sucesso refletiu nas bilheterias, tendo a terceira maior estreia do cinema, só ficando atrás de "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" e "Batman - O Cavaleiro das Trevas", ambos da Warner. A convincente atuação de Jennifer Lawrence é o fio condutor do longa, junto de seu parceiro, Josh Hutcherson, que apesar de alguns deslizes na interpretação, dá vida e brilho a Peeta Mellark, o segundo competidor pelo Distrito 12. O enredo, por si só já abre possibilidades interessantíssimas: doze distritos comandados por uma cidade com regime totalitário participam anualmente - através de 24 jovens de 12 a 18 anos - de uma competição sanguinária que termina com 1 vencedor e 23 mortos, destinada unicamente a reforçar o domínio da Capital sobre os Distritos e inibir revoltas e rebeliões. Tudo isso é ainda um reality show na TV. Quantas reflexões não poderiam sair desse simples ponto? Ainda assim, é a história de Katniss que conduz o espectador.

A população da Capital, ávida por assistir de camarote ao banho de sangue, também cria um estilo único. Com aspectos futuristas e muitas cores, sua maquiagem e figurino transmitem um androgenismo quase explícito, e é o que desperta o afastamento ilusório entre o público dos Jogos e o público na sala de cinema. É com asco que se vê o quão bizarro e cruel é a satisfação do povo da Capital em ver 23 mortes anuais. Mas as cores gritantes tornam o fato tão caricato que pode-se considerar uma aproximação real (cabidas as devidas proporções) com quem assiste à violência nos noticiários como fatos quase banais. São essas pequenas jogadas técnicas que fazem o filme funcionar. Mas não há tempo para se perder pensando nisso. Com câmera na mão e planos bem fechados na maior parte do tempo, o ritmo é acelerado e em alguns poucos momentos confuso e irritante. Um balanço mais equilibrado entre planos e movimentos de câmera auxiliaria a fluidez, que tem lá seus próprios entraves. A preparação para os Jogos em si é um tanto prolongada e cria uma expectativa de proporções tão épicas que a realidade mais crua e bruta da competição acaba não fazendo jus. São abordagens bem diferentes e que não se conversam tão amigavelmente.

A trama deixa muitos pontos abertos para serem resolvidos nas continuações e perguntas no ar. Será que a paixão que surge nos Jogos é de verdade? Qual a real importância do rapaz deixado no Distrito 12? O que a mãe de Katniss fez de tão errado? Essas e outras questões ficam sem resposta para quem não leu os livros, revelando um dos principais pontos falhos da adaptação para as telonas. As relações são abordadas superficialmente e isso não permite envolvimento suficiente nem para que um não-fã chore a morte de uma criança cativante. O rimo é frenético, mas essa falta de envolvimento dá a sensação de que é um filme demasiadamente prolongado, sem necessidade.

Mesmo com todas as pequenas pontas soltas, "Jogos Vorazes" é esteticamente bem-feito e entretem com sucesso um público carente de bons filmes. Ainda que apoiado em clichês, vale a pena assistir de novo.


2 de abril de 2012

Orgulho e Preconceito (2005)

(Pride & Prejudice) França / Reino Unido, 2005
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Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan) - foram criadas por uma mãe (Brenda Blethyn) que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai (Donald Sutherland). Quando o sr. Bingley (Simon Woods), um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy (Matthew Macfadyen). Os encontros entre Elizabeth e Darcy passam a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem.
Fonte: Adoro Cinema




19 de março de 2012

Capitães da Areia (2011)

(Capitães da Areia) Brasil, 2011
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Bahia de Todos os Santos, 1950. Um bando de meninos abandonados incomoda a sociedade. São chamados “Capitães da Areia”, porque o cais é o seu quartel general. Pedro Bala, o temido líder dos Capitães da Areia, é caçado como o pior dos bandidos, mas, na verdade não passa de um adolescente livre nas ruas. Ele é o herói de quase uma centena de meninos, que juntos vivem incríveis aventuras: planejam de pequenos furtos a assaltos a ricas mansões, trapaceiam os marujos em mesas de jogatina e jogam olho comprido sobre os fartos decotes das mulatas. Dormem em um trapiche abandonado e vivem em feiras populares e festas de rua, atrás de comida e divertimento. Às vezes explodem, gritam de raiva, perdem a cabeça, mas resistem bravamente aos piores obstáculos. Quando uma epidemia de varíola invade a cidade, os Capitães da Areia se deparam com o conflito da morte, têm que tomar decisões de adulto, decisões impossíveis para a cabeça dessas crianças. Enquanto isso, nos bairros populares, a epidemia destrói famílias, fazendo novos órfãos. Dora, de apenas 13 anos, perdeu pai e mãe, e se vê só nas ruas de Salvador. Mas quis o destino que os Capitães da Areia cruzassem o seu caminho. O bando nunca teve uma figura feminina e a chegada de Dora vem mexer com a vida dos Capitães. Pedro Bala logo se apaixona por ela. Professor, braço direito de Bala, mais tímido e inexperiente, apenas sonha com sua pele macia, com seus seios que despontam, seu jeito de que vai virar mulher a qualquer instante. O triangulo amoroso torna-se inevitável, os três estão mais adolescentes do que nunca, como adolescentes descobrem o amor.
Fonte: Cinema10



CRÍTICA
O lirismo e realidade de Jorge Amado sem direção

Muita expectativa quase sempre gera decepção. E esse, infelizmente é o caso de "Capitães da Areia", adaptação do livro de Jorge Amado que foi dirigido pela neta do autor, Cecília Amado. Assistindo o making of ou o trailer, o filme parece atrativo por se mostrar trazendo a magia do livro homônimo para a tela grande de uma maneira bem estruturada. A empreitada é audaciosa: o elenco principal é formado por não-atores que tem sua história de alguma maneira ligada aos Capitães escritos. Tudo isso é muito poético, mas acaba perdendo o rumo na montagem final. Nem as atuações nem a edição colaboram para um bom resultado.

Ainda que o filme não cause grande impacto, é interessante de se assistir. A trama do trapiche de Pedro Bala, Professor, Dora e dos outros Capitães é o que segura nossos olhos. E isso vem de Jorge Amado, não de sua neta, e mostra uma realidade perturbadora se colocada num âmbito maior: o "jeitinho brasileiro" está presente em cada pedacinho da narrativa e o crime é tratado de forma quase que normal. Os delitos dos Capitães são simplesmente mais uma característica das personagens e não tem nenhum arrependimento moral em suas trajetórias na tela (e no livro). É compreensível que a realidade bruta a qual essas crianças são submetidas levem a isso, mas ainda assim é um tanto quanto perturbador essa inversão de valores. É como o Brasil continuará sendo visto lá fora, pois é assim que é. Infelizmente, o jeitinho brasileiro está  nas entranhas da nossa cultura, e nem sempre da melhor maneira possível. Acaba trazendo um antagonismo, que Cecília quis levar para a tela grande, entre o abandono e a liberdade.

Em alguns quesitos técnicos, o longa se sai bem, como na trilha sonora bem elaborada por Carlinhos Brown e na direção de arte. A miséria é mostrada, mas não é tão suja e explícita como na realidade. Ainda tem o seu quê de poesia. "Capitães da Areia" traz o senso de realidade com os não-atores (que não é novidade no cinema ao buscar a espontaneidade de iniciantes), mas não abandona o lirismo tocante, que podemos ver representado na figura de Dora e em como ela movimenta o trapiche. O trailer e o making of representam bem essa dualidade, é uma pena que eles sejam melhor do que o filme em si.

Cecília Amado poderia ter se saído melhor como diretora de um projeto tão bonito como esse. Talvez um de seus principais erros tenha sido acreditar que "o audiovisual vai além da literatura". O cinema com esses recursos audiovisuais permite aos diretores e produtores viajar para lugares inimagináveis, mas nada vai se comparar à imaginação de cada um. Ela não tem limites, sejam eles de forma, cores, situações, conteúdos e muito menos orçamentários. E a imaginação não precisa ter longos dois minutos de introdução com logotipos de patrocinadores antes de começar a sonhar. Já seu contraponto audiovisual sim.

6 de março de 2012

A Dama de Ferro (2012)

(The Iron Lady) Reino Unido, 2012
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O longa mostrará a história da ex-Primeira Ministra da Inglaterra Margaret Thatcher com a saúde prejudicada lutando contra o marasmo da sua aposentadoria e, vigorosamente, contra memórias de feitos do seu passado. Ela começará a relembrar os menores detalhes da vida pessoal e profissional após ser provocada pelo seu marido, Dennis Thatcher, o que passará pela sua ascensão ao poder da Inglaterra dos anos 1980. Mas teria tudo valido a pena? Essa será a dúvida que conduzirá a narrativa.
Fonte: Cinema10




CRÍTICA
Meryl Streep e a maquiagem superam o enredo de Thatcher

Vencedora do Oscar 2012 de Melhor Atriz. Mais do que merecido. Não é novidade que Meryl Streep é uma atriz sensacional e de uma versatilidade incrível. Consegue causar asco em "O Diabo Veste Prada" e nos afeiçoar em "Julie & Julia" com a mesma propriedade, da maneira que só uma grande atriz pode fazer, sem medo de se entregar às suas personagens. Em "A Dama de Ferro", Streep representa a figura politicamente tão poderosa e conhecida de Thatcher, mas ao mesmo tempo, traz à tona uma jovem obstinada, que se deixou levar por sua ambição (e doses de benevolência) para conduzir uma das maiores potências mundiais por 11 anos, mesmo sabendo que suas medidas eram impopulares e geraram perdas a curto prazo para o povo inglês. Mas os melhores momentos da atriz, ainda são o contraponto dessa loucura política. Suas alucinações com seu falecido marido Denis e suas reflexões sobre seu passado, como uma senhora de saúde debilitada, são os ápices do longa. Um dos momentos mais tocantes (auxiliados, é claro, por iluminação e fotografia) é a conversa pelo telefone com seu filho Mark, no meio da madrugada.

Os apectos técnicos do filme fazem seu papel, mas são totalmente ofuscados pela brilhante maquiagem. Antes de assistir ao filme, pelas poucas cenas que o trailer disponibilizava ou o pôster exibia, era de se duvidar um pouco do merecimento do Oscar de Melhor Maquiagem sobre o maravilhoso trabalho realizado pelo também britânico "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2". Mas logo na primeira cena, fica claro o motivo dessa escolha, há um tempo que o espectador leva até perceber que é Meryl Streep em cena. O trabalho realizado em "A Dama de Ferro" é talvez mais complexo por não poder se permitir entrar no campo fantasioso que duendes e bruxos da literatura têm livre acesso, e por se tratar de uma personalidade mundialmente conhecida, o julgamento é mais crítico ainda. E se a maquiagem convence esses olhos mais críticos, é digna de merecimento. Potter merecia, mas deu azar (novamente) de concorrer com um trabalho ainda mais impecável nesse sentido. Por ser esse o grande trunfo, não foram divulgadas imagens da velhice de Margaret, causando o impacto maior na sala de cinema.

Mas há um outro aspecto técnico que impede a biografia cinematográfica da ex-Primeira Ministra de ganhar a quinta estrela e, infelizmente, é justamente o roteiro. Mesmo com cenas tocantes e emocionantes, a história acaba sem ter passado por um clímax intenso, que funciona no cinema. A todo momento é mostrada uma mulher forte, intensa, mas ao mesmo tempo contida. Há uma única cena que aponta o pulso de ferro da dama britânica, que leva ao seu declínio, mas ela aparece de repente, sem um desenvolvimento emocional prévio da protagonista. Essa característica está sempre lá, presente, latente, mas não vai tomando conta da tela aos poucos. Chega abruptamente e quando o espectador começa a entender o que está acontecendo, o momento já passou.

Apesar de sempre controversa, dessa vez a Academia acertou, pelo menos em relação às duas indicações para "A Dama de Ferro". Meryl streep e sua caracterização realmente prendem nossa atenção por mais tempo do que o desenrolar um tanto quanto morno da trama. A surpresa vem justamente por esse acerto. Filmes mornos mas que tem background histórico e certa grandiosidade na maneira como as cenas são conduzidas costumam agradar o júri tedioso da Academia. A forma, nesse caso, foi mais importante do que o conteúdo. A trilha sonora de Clint Mansell e Thomas Newman nos conduz pela trajetória de Thatcher da maneira majestosa que a biografia da mulher mais poderosa do século XX (assim como a divulgação estampa) exige.

Um destaque especial precisa ser dado à personagem Denis Thatcher, que ganhou uma vida (e morte) deliciosa de se assistir na pele de Harry Lloyd (em sua versão jovem) e Jim Broadbent. Ambos trazem senso de humor, leveza e ternura em doses homeopáticas à sua esposa em sua árdua tarefa.

Mas essa não é a história da ex-Primeira Ministra britânica. É a história de uma mulher intrigante e corajosa que luta por seus ideiais, seja a que custo for.


4 de março de 2012

A Isca (2000)

(Bait) Estados Unidos, 2000
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AIvin Dean Sanders não entende. Ele não sabe porque sua convicção para o roubo não alcança o sucesso como gostaria. Ou porque US$ 11,500 são colocados ao alcance dele. Alvin não sabe que ele é a isca em um plano do governo para capturar um assassino. Mas ele está começando a suspeitar. Jamie Foxx (Um Domingo Qualquer) atua como Alvin nesse filme de muita risada, com atos heróicos, numa comédia de ação de alta tecnologia dirigida por Antoine Fuqua (Assassinos por Natureza) e também estrelando David Morse e Doug Hutchison (À Espera de um Milagre), Kimberly Elise (Até as Últimas Consequências) e Jamie Kennedy (da trilogia Pânico). O estilo é empolgante, a ação é quente, o humor é louco como Foxx. A Isca uma brincadeira com os amantes da pesca. Só poderia agarrá-los.
Fonte: NetMovies



1 de março de 2012

Harry Potter e a Câmara Secreta (2002)

(Harry Potter and the Chamber of Secrets) Reino Unido/Estados Unidos, 2002
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De férias na casa de seus tios Dursley, Harry Potter (Daniel Radcliffe) recebe a inesperada visita de Dobby, um elfo doméstico, que veio avisá-lo para não retornar à Escola de Magia de Hogwarts, pois lá correrá um grande perigo. Harry não lhe dá ouvidos e decide retornar aos estudos, enfrentando um 2º ano recheado de novidades. Uma delas é a contratação do novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Gilderoy Lockhart (Kenneth Branagh), que é considerado um grande galã e não perde uma oportunidade de fazer marketing pessoal. Porém, o aviso de Dobby se confirma e logo toda Hogwarts está envolvida em um mistério que resulta no aparecimento de alunos petrificados.
Fonte: Adoro Cinema




CRÍTICA
Um adeus ao bom Dumbledore

Um retorno à casa dos Dursleys traz a Harry Potter (Daniel Radcliffe) um aviso através de um elfo doméstico feio, dócil e atrapalhado chamado Dobby. E assim começa a segunda aventura do garoto bruxo que liderou bilheterias por uma década. Nesse segundo volume da saga, o clima mais sombrio começa a se aproximar, trazendo uma ideia do que vem pela frente nos próximos filmes, mas ainda assim mantém a atmosfera mágica que Chris Columbus trouxe às telas em "A Pedra Filosofal", abusando das cores e do contraste forte. São esses elementos que ainda mantém a identidade infantil do início da série, pois o enredo já começa a ficar um pouco mais sombrio.

É em "Câmara Secreta" que J.K. Rowling começou a mostrar seu brilhantismo ao revelar pontos essenciais do enredo que só seriam percebidos em livros futuros. Essa segunda parte, por exemplo, tem uma ligação bem forte com a sexta, "Enigma do Príncipe", ao explorar superficialmente o passado escolar de Lord Voldemort (ou Tom Riddle). A adaptação para o cinema, obviamente tem suas limitações em relação à publicação, visto que a trama é mais complexa e os primeiros filmes tinham o compromisso de se firmarem como filmes infantis (foram tão bem sucedidos que depois tiveram dificuldades em descolar essa imagem para emplacar uma aventura adulta).

Algumas atuações brilhantes ficam ainda por conta do elenco adulto. Richard Harris é o perfeito Dumbledore, acertando o tom para voz, postura, olhares e excentricidades do diretor de Hogwarts (coisa que na minha opinião não foi carregada para as partes seguintes pelo terrível Michael Gambon, após a morte de Harris). Outro que acerta o ponto é Robbie Coltrane na pele do meio-gigante Hagrid. Essas duas personagens, tão importantes na jornada de Harry, não deixam falhas até aqui. Outra que parece bem confortável em cena é Miriam Margolyes como a professora de Herbologia Pomona Sprout.

Já as crianças, não surpreendem (a não ser por relances de Emma Watson como Hermione Granger) e os adultos tem uma interpretação um tanto caricata, explícita nas cenas de Molly e Arthur Weasley (Julie Walters e Mark Williams) ou da família Dursley (Richard Griffiths e Fiona Shaw). Nem mesmo Maggie Smith (Minerva McGonagall) ou Alan Rickman (Severus Snape) se destacam.

Os efeitos especiais ficam balanceados entre alguns muito artificiais (carro voador chegando em Hogwarts) e outros muito bem feitos, como toda a construção de Dobby, que é um personagem à parte. Além de detalhadamente texturizado (muito melhor do que sua versão opaca de Relíquias da Morte - Parte 1), o elfo ganha um brilho especial com a voz de Toby Jones. É uma pena que ele seja tão pouco presente nos filmes quanto é nos livros. Seria diversão garantida.

Os cenários abusam de corredores do castelo, em sua maioria filmados em Oxford, na Inglaterra, e traz como destaque a própria Câmara Secreta, que ambienta o clímax da história tão bem que foi utilizada em outro momento importante, na última parte da saga. O interessante nos filmes de Harry Potter é que todo o cenário (e objetos de cena) são concebidos em extremo detalhamento, tendo preocupação com cada item que o compõe, mesmo que não apareça claramente no vídeo. Esse preciosismo ajuda bastante na ambientação das cenas. E isso fica claro na sala de aula da professora McGonagall e na primeira visita à Toca, casa de Rony Weasley (Rupert Grint). E por falar no ruivo do trio infantil, os impactos mais cômicos do filme ficam por sua conta, auxiliados mais pela edição do que por sua atuação.

O roteiro não deixa muitas pontas soltas e mesmo estando dentro de uma série cinematográfica, é um filme que fala por si só. Isso é algo que funciona bem, também comercialmente. Ainda assim, falta um pouco de apelo. Ou seja, Chris Columbus fez um bom trabalho, mas Harry Potter ganhou vida depois que ele deixou a direção da série.


23 de fevereiro de 2012

Carros 2 (2011)

(Cars 2) Estados Unidos, 2011
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O superastro das corridas Relâmpago McQueen (dublado por Owen Wilson) e o inigualável carro-guincho Mate (dublado por Larry the Cable Guy) levam sua amizade a novos e emocionantes destinos internacionais em Carros 2, quando viajam ao exterior para disputar o primeiro Grand Prix Mundial que determinará quem é o carro mais veloz do planeta. Mas a estrada para o título é cheia de buracos, desvios e surpresas hilárias e Mate acaba se envolvendo em uma outra aventura  emocionante: espionagem internacional. Dividido entre ajudar Relâmpago McQueen em sua importante corrida e uma missão secreta de espionagem, a viagem de Mate será de muita ação e perseguições explosivas pelas ruas do Japão e da Europa, seguido por seus amigos e observado por todo o mundo. Um elenco de carros novos e coloridos acrescenta ainda  mais diversão, incluindo agentes  secretos, vilões ameaçadores e competidores internacionais.
Fonte: Filmes de Cinema




CRÍTICA
Mate garante a pole position

Focado no "ator coadjuvante" de Carros, Mate, o segundo filme da franquia é mais tocante por trazer à tona a amizade verdadeira entre o guincho caipira e o carro de corrida urbanóide Relâmpago McQueen e também extremamente mais engraçado por trazer a personagem mais interessante para o centro da telona. Mate é convidado por seu melhor amigo a integrar de sua equipe no Grand Prix Mundial, que tem a largada em Tóquio, no Japão, passando por Porto Corsa, na Itália e finalizando na inglesa Londres (mas o Brasil está representado pela competidora Carla Veloso que está figurando entre os primeiros colocados no Grand Prix).

Logo na primeira cidade, Mate faz com que McQueen perca a corrida para seu rival, obviamente sem intenção. Mas a briga gerada por conta disso, faz com que ele abandone tudo de volta à Radiator Springs. Mas, sem saber, ele acaba envolvido numa missão espiã para descobrir quem está por trás de um plano maligno ligado às empresas petrolíferas. Depois de uma descoberta em Paris, ele acaba preso dentro do Big Ben londrino com seus novos amigos agentes secretos e a sua amizade pelo campeão das pistas se vê ameaçada.

O filme traz um roteiro bem montado, não tedioso e cheio de boas tiradas, que são belamente ornamentados com cenários realistas e efeitos digitais muitas vezes surpreendentes. E é também interessante a tentativa inevitável de se localizar nos pontos turísticos e partes das cidades visitadas pelo Time McQueen, como a Torre Eiffel ou Arco do Triunfo, em Paris. E as incorporações motorizadas também atacam personalidades como um carro elegante e coroado representando a Rainha inglesa ao lado de seu Príncipe Wheeliam.

O vilarejo italiano apresentado, traz o bom calor humano (mas agora com motores e carrocerias) da terra do macarrão e é palco de uma das cenas tocantes do longa, com o tio de Luigi e Guido aconselhando Relâmpago McQueen acerca de sua saudade e falta de ânimo. Muito bem colocada.

O acerto do filme perante seu antecessor vem da colocação de McQueen como coadjuvante e Mate protagonizando cenas cotidianas divertidíssimas, como o uso de um banheiro tecnológico em Tóquio ou a tentativa infrutífera de fazer os guardas reais ingleses sorrirem. Faz com que o uso da turbina seja hilário. Essa me parecia a escolha adequada desde o primeiro filme. As personagens menos providas de inteligência, geralmente coadjuvantes na história, são quem sempre ganham o brilho e dão ritmo ao filme (e pelo menos são as que mais me encantam) e como já havia ficado claro, mas não em evidência direta, em Carros, Mate dá a luz que série precisa. Ele é o protagonista. Quem não prefere um caminhão rebocador velho, trapalhão e de coração puro a um reluzente carro de corrida? A crítica de Hollywood. Mas eu já tenho meu Mate de plástico na coleção.


17 de fevereiro de 2012

A Mulher de Preto (2012)

(The Woman In Black) Reino Unido / Canadá / Suíça, 2012
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O jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recentemente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vislumbra uma misteriosa mulher toda vestida de preto.
Fonte: Cine Pop




CRÍTICA
Voldemort assusta menos

During afternoon tea, there’s a shift in the air
A bone-trembling chill that tells you she’s there
There are those who believe the whole town is cursed
But the house in the marsh is by far the worst
What she wants is unknown, but she always comes back
The specter of darkness, the Woman in Black

Durante o chá da tarde, há uma mudança no tempo
Um calafrio de tremer os ossos te avisa que ela está lá
Há aqueles que acreditam que toda a cidade está amaldiçoada
Mas a casa no pântano, é de longe a pior
O que ela quer é desconhecido, mas ela sempre volta
O espectro das trevas, a Mulher de Preto

O poema narrado por uma criança no primeiro teaser nos revela os caminhos que o enredo percorrerá. Aconteceu na sede da Paris Filmes nessa quinta-feira a cabine de A Mulher de Preto (The Woman In Black), o primeiro filme de Daniel Radcliffe em um papel adulto após Harry Potter e que se passa no vilarejo Crythin Gifford, uma região remota da Inglaterra. Daniel é Arthur Kipps, um jovem advogado viúvo de Londres, destinado a cuidar dos papéis de um cliente recém-falecido. Ao chegar à vila, descobre que seus moradores acreditam em uma maldição que relaciona suas crianças à casa Eel Marsh, uma mansão que fica no pântano, afastada do pequeno vilarejo. Essa é justamente a casa da qual Arthur deve cuidar da papelada. Movido pela responsabilidade de manter seu emprego para que possa cuidar de seu filho de quatro anos, ele vai até Eel Marsh e lá se vê posto cara a cara com uma mulher vestida de preto, a personificação do que assombra a vila.

Verdadeiramente assustador, o filme começa com Daniel Radcliffe surpreendentemente distante da franquia mágica, principalmente em termos de atuação e fotografia. O visual para um jovem pai em cena nos ajuda a logo de cara colocar o bruxo de lado e ver somente o advogado atormentado pela perda da esposa no parto de seu filho (interpretado por Misha Handley, afilhado de Daniel na vida real). É uma pena que essa fotografia só volte a ajudar de fato nas últimas cenas do filme; durante o clímax, ela nos leva de volta aos mistérios de Hogwarts e por vezes dá ares de boneco de cera ao rosto do ator. Mas em resumo, isso acaba passando como um pequeno detalhe. A atuação de Radcliffe segura bem nossa atenção durante todo o desenrolar da história e transmite veracidade ao público. Não fosse termos visto exaustivamente essa sua faceta de suspense silencioso explorada nos últimos dez anos, teria surpreendido. Depois de tanto tempo, será difícil desconectá-lo de Potter, mas essa visão está mais em quem assiste do que na tela. Daniel parece bem à vontade, livre dessas amarras mágicas. Mesmo porque agora o inimigo, mesmo que também vestindo preto e com rosto cadavérico, é definitivamente mais assustador que Voldemort. A tensão antes dividida em 8 filmes, se concentra agora em quase duas horas. É mais intenso e palpável.

Ciarán Hinds (que contracenou com Radcliffe em “Relíquias da Morte - Parte 2”) interpreta o Sr. Daily, um morador do vilarejo, descrente no espiritismo tomado como maldição por seus vizinhos. Ele encontra Sr. Kipps na viagem de trem até Crythin Gifford e acaba se tornando o ponto de apoio do advogado durante toda a trama, o ajudando a cada passo, mas evitando se envolver diretamente com a jornada principal de Arthur, relacionada à figura da Mulher de Preto. Janet McTeer causa umas boas doses de pressão no apoio de braço das cadeiras do cinema como a esposa do Sr. Daily, uma senhora perturbada pela morte precoce de seu filho e que acha que por vezes o encarna.

O longa concentra diversos elementos clássicos das histórias de fantasma, como a mansão mal-assombrada, jogo de luzes e sombras, ângulos de câmera mais próximos às personagens, trilha sonora envolvente e, claro, sustos que nos fazem pular da cadeira. Algumas cenas causam um arrepio real ou um desconforto do espectador (que muitas vezes conversa no cinema como forma de driblar seu medo, atrapalhando as outras pessoas). Há também, por parte dos olhos, uma busca incessante nos cantos de cada cena para procurar uma mulher vestida de preto. E como todo bom filme de terror atual, as crianças são extensamente utilizadas para apresentar o contrabalanço entre o puro mundo infantil e o perverso e cruel horror que corrompe até esses seres inocentes, deixando o espectador muito mais perturbado com o que vê. Mas esse mundo seria ainda melhor representado se as bonecas e caixinhas de música não fossem deliberadamente assustadoras por si só, sendo claro que estão ali só pra assustar, sem o lado mais puro desses brinquedos.

Não fica muito claro no final qual a motivação real que a Mulher de Preto tem em suas aparições e assombrações, mas é desafiador e tentador não ficar com os músculos tensionados durante quase toda a narrativa, com destaque para as cenas de Arthur Kipps e Sr. Daily na tentativa de desfecho do mistério, que além do receio de sustos que nos acompanha desde o início, traz também um certo asco atraente em relação ao que se vê.

A Mulher de Preto estreou no início de fevereiro nos Estados Unidos e chega aos cinemas brasileiros com grande expectativa em 24 de fevereiro, com pré-estreias pagas nos dias 22 e 23 do mesmo mês. The Woman In Black também é um musical do West End de Londres que estreou em 1989 e já tem ingressos à venda até dezembro desse ano pelo site http://www.thewomaninblack.com.


26 de janeiro de 2012

A Garota da Capa Vermelha (2011)

(Red Riding Hood) Estados Unidos / Canadá, 2011
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Idade Média. Valerie (Amanda Seyfried) é uma jovem que vive em um vilarejo aterrorizado por um lobisomem. Ela é apaixonada por Peter (Shiloh Fernandes), mas seus pais querem que se case com Henry (Max Irons), filho de uma família rica do local. Diante da situação, Valerie e Peter planejam fugir, mas veem seus planos irem por água abaixo quando a irmã mais velha de Valerie é assassinada pelo lobisomem que ronda a região. Adaptação moderna da clássica história da Chapeuzinho Vermelho.
Fonte: Adoro Cinema


25 de janeiro de 2012

Professora Sem Classe (2011)

(Bad Teacher) Estados Unidos, 2011
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Elizabeth Halsey (Cameron Diaz) trabalha como professora, mas não vê a hora de deixar a função. Seus planos vão por água abaixo quando seu noivo termina o relacionamento, acusando-a de gastar demais. Como resultado, ela é obrigada a voltar à escola em que trabalhava para um novo ano letivo. Elizabeth não está interessada em ensinar os alunos e pouco se importa com as tentativas de integrar os professores capitaneada pelo diretor Wally (John Michael Higgins) e a professora Amy (Lucy Punch). Ela sonha em encontrar um homem que a sustente e, para tanto, decide fazer uma operação para aumentar os seios, por acreditar que, desta forma, será mais atraente. Sem dinheiro, ela começa a dar pequenos golpes envolvendo alunos e professores, para que possa atingir sua meta.
Fonte: Adoro Cinema



24 de janeiro de 2012

O Som do Coração (2007)

(August Rush) Estados Unidos, 2007
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August Rush (Freddie Highmore) é resultado do encontro casual entre um guitarrista e uma violoncelista. Crescido em orfanato e dotado de um dom musical impressionante, ele se apresenta nas ruas de Nova York ao lado do divertido Wizard (Robin Williams). Contando apenas com seu talento musical, August decide usá-lo para tentar reencontrar seus pais.
Fonte: Adoro Cinema



23 de janeiro de 2012

Megamente (2010)

(Megamind) Estados Unidos, 2010
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Megamente é o mais brilhante super-vilão que o mundo já conheceu. E o mais fracassado. Durante muito tempo, ele tenta conquistar Metrocity de todas as maneiras. Cada tentativa é um fracasso colossal graças ao Metroman, um super-herói invencível até o dia em que Megamente realmente o mata durante um de seus atrapalhados planos diabólicos. De repente, Megamente fica sem objetivos. Um super-vilão sem um super-herói. Ele percebe que a conquista da ambição de sua vida é a pior coisa que poderia ter acontecido com ele. Megamente decide que a única saída desta rotina é criar um novo oponente chamado “Titan”, que promete ser maior, melhor e mais forte do que Metroman jamais foi. Mas logo Titan começa a achar que é muito mais divertido ser vilão do que ser bonzinho. Porém, Titan não quer apenas dominar o mundo, ele quer destruí-lo. Poderá Megamente vencer sua própria diabólica criação? Poderá o homem mais inteligente do mundo tomar uma decisão inteligente uma única vez? Poderá o gênio diabólico se tornar o herói improvável de sua própria história?
Fonte: Filmes de Cinema



22 de janeiro de 2012

O Último Rei da Escócia (2006)

(Last King of Scotland) Reino Unido, 2006
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Nicholas Garrigan (James McAvoy) é um elegante médico escocês, que deixou recentemente a faculdade. Ele parte para Uganda em busca de aventura, romance e alegria, por poder ajudar um país que precisa muito de suas habilidades médicas. Logo após sua chegada Nicholas é levado ao local de um acidente bizarro, onde o líder recém-empossado do país Idi Amin (Forest Whitaker), atropelou uma vaca com seu Maserati. Nicholas consegue dominar a situação, o que impressiona Amin. Obcecado com a cultura e a história da Escócia, Amin se afeiçoa a Nicholas e lhe oferece a oportunidade de ser seu médico particular. Ele aceita a oferta, o que faz com que passe a frequentar o círculo interno de um dos mais terríveis ditadores da África.
Fonte: Adoro Cinema



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