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Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) é um jovem aventureiro que, na mesa de jogo, ganha uma passagem para a primeira viagem do transatlântico Titanic. Trata-se de um luxuoso e imponente navio, anunciado na época como inafundável, que parte para os Estados Unidos. Nele está também Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), a jovem noiva de Caledon Hockley (Billy Zane). Rose está descontente com sua vida, já que sente-se sufocada pelos costumes da elite e não ama Caledon. Entretanto, ela precisa se casar com ele para manter o bom nome da família, que está falida. Um dia, desesperada, Rose ameaça se atirar do Titanic, mas Jack consegue demovê-la da ideia. Pelo ato ele é convidado a jantar na primeira classe, onde começa a se tornar mais próximo de Rose. Logo eles se apaixonam, despertando a fúria de Caledon. A situação fica ainda mais complicada quando o Titanic se choca com um iceberg, provocando algo que ninguém imaginava ser possível: o naufrágio do navio.
Fonte: Adoro Cinema
CRÍTICA
A história de amor que continua navegando
Uma das mais lindas histórias de amor. Incluindo tudo que uma bela história de amor no cinema deve ter: amor proibido, diferença de mundos, tragédia, muita dor... mas dessa vez sem um final feliz porque, claro, o pano de fundo dessa história é o Titanic afundando, né? Mas tirando esse pequeno titânico detalhe, é uma história de amor clássica, com alguns clichês, claro, mas nada que tire o brilho nos olhos ao assistir novamente ao filme, e dessa vez em 3D. Esse talvez tenha sido um dos primeiros filmes que vi no cinema. E revê-lo, 15 anos depois, num momento totalmente diferente da vida, foi uma nova experiência. Entender o que de fato as pequenas nuâncias e sutilezas sugeriam, num filme forte e doce ao mesmo tempo, como a colocação do primeiro beijo do casal na proa do navio, ou o retorno para o local onde eles se conheceram no final do filme. É pra sair da sala de cinema ainda mais apaixonado pelo filme que tem 11 Oscars e a segunda maior bilheteria de todos os tempos no cinema, pouco mais de 2 bilhões de dólares, só perdendo para "Avatar" (quase U$ 2,8 bilhões), do mesmo diretor, James Cameron. Seu concorrente mais próximo, "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" de David Yates, não passa de U$ 1,4 bilhões.
O desenrolar do envolvimento entre Jack (Leonardo Di Caprio) e Rose (Kate Winslet) toma a maior parte da história, deixando os fatos históricos com apenas uma pequena porcentagem do tempo em tela. Mas é o suficiente. O desfecho, todos já sabemos antes de assistir, então porque não adicionar uma densa carga emocional para intensificar ainda mais a grandeza dessa tragédia... E intercalar tudo isso com a narração de uma doce senhora é no mínimo tocante.
Também é interessante voltar à viagem inaugural de Titanic tendo visto tantas outras atuações de Di Caprio e Winslet. Ele, em minha opinião, se sai muito melhor na versatilidade em tela, mas ela não fica muito atrás. Em 97, quando assisti ao Titanic afundar pela primeira vez, achei Leonardo Di Caprio muito fraco. Aquela babação de ovo em cima dele como ídolo adolescente e símbolo sexual ofuscava seu talento, que só consegui enxergar quando ele foi aos poucos se desvencilhando de Jack, até conseguir que eu babasse ovo pra ele em "A Origem", por exemplo. Trazer o Jack de volta à vida é revê-lo, reconhecê-lo como apaixonante. E aí sim apreciar a atuação de um ator que, mesmo precisando de algumas lapidações, já era intenso, leve e conseguia transmitir as emoções da personagem para o público. Meu chapéu para Di Caprio.
A experiência de rever um clássico quase bastava por si só. O atualmente tão aclamado 3D não tem tanta razão de ser assim. É mais interessante, temos mais perspectiva, mas basicamente adiciona um pouquinho de volume à imagem na maioria das cenas (mas confesso que em algumas foi absolutamente formidável). Devo dizer que ele é sutilmente e belissimamente aproveitado. O "boom" no preço dos ingressos para filmes 3D no Brasil é que ainda deixa a balança um pouco desequilibrada (ainda mais quando a sessão começa com 5 minutos iniciais de "Fúria de Titãs 2" antes do Cinemark notar o erro). Ainda assim, é uma ótima recomendação. Mas se você for assistir sozinho, lembre-se de levar chocolate. E talvez um lenço.